Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Veja também:
Assentamento
Processo ritualístico pelo qual se liga o Axé, a força mística de energia astral emanada dos Orixás a um corpo material.
O “fetiche” - corpo material que recebe o Axé - mais usualmente empregado para esse efeito é o “otá”, uma pequena pedra que é colocada no “peji” ( altar) do terreiro, guardada numa vasilha tampada e mergulhada em substâncias sólidas ou líquidos, dependendo do Orixá a que se refere.
A cada Orixá corresponde um “otá”.
Os líquidos mais comuns que envolvem o “otá” são o mel, o azeite-de-dendê, ou a água misturada com ervas maceradas.
Por extensão, o termo “otá” também é utilizado para designar o objeto - pedra, árvore, símbolo - que representa um Orixá, depois que um ritual faça com que as forças místicas nesse objeto se concentrem.
É usado, ainda, no processo de iniciação de um filho-de-santo no Candomblé, usando-se a expressão “assentamento de santo” para designar o momento em que a força mística do Orixá é fixada em sua cabeça.

