Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Babaçuê
O babaçuê é um culto religioso afro-ameríndio popular do Norte e Nordeste do Brasil em especial nos estados do Amazonas, do Maranhão e do Pará.
Também chamado de Batuque-de-Santa-Bárbara, Batuque-de-Mina, é considerado como uma das religiões afro-brasileiras, por ser um tipo de candomblé mestiço, também chamado de Jeje-Nagô, onde são cultuados tanto Orixás como Voduns.
Como Batuque de Santa Bárbara, cultua os Orixás nagôs Iansã e Xangô, a primeira protegendo as mulheres e o segundo, os homens. E na versão Batuque-de-Mina, cultua os Voduns.
De tradição jeje-nagô, possui fortes elementos indígenas.
Está intimamente ligada ao Tambor-de-Mina e ao Terecô do Maranhão. "Babaçuê" possivelmente é uma corruptela de "Bárbara Soeira", nome pelo qual o Terecô maranhense também é conhecido.
No início do século XX, pesquisadores de visibilidade nacional davam notícias vagas sobre um tipo de culto na Amazônia denominado "batuque" ou "babaçuê", que teria se curvado às tradições ameríndias, ou seja, à pajelança.
As danças rituais constituem a parte mais externa e pública do culto. Através das danças, toques e cânticos, as entidades são homenageadas, invocadas e se apossam dos iniciados e assim participam dos ritos.
Os cânticos do babaçuê recebem o nome genérico de doutrina.
Como o Tambor-de-Mina e o Terecô, o Babaçuê se baseia na tradição jeje (fon) de culto aos voduns, porém, também é realizado o culto aos orixás (tradição nagô), em especial Iansã (orixá dos ventos e protetora das mulheres, sincretizada com Santa Bárbara) e Xangô (orixá dos raios e da justiça, protetor dos homens).
Além de voduns e Orixás, cultuam-se os "caboclos" ou "encantados", ou seja, os espíritos dos ancestrais indígenas.
