Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Batuque
Batuque é uma forma genérica de denominar as religiões afro-brasileiras de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina.
O Batuque é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné, do Benim e da Nigéria, com as nações Jêje, Ijexá, Oió, Cabinda e Nagô.
Hoje, o Batuque possui centenas de casas e inúmeros praticantes e adeptos.
O Batuque é uma religião onde se cultuam vários Orixás, oriundos de várias partes da África, e suas forças estão em parte dentro dos terreiros, onde permanecem seus assentamentos e na maior parte da natureza: rios, lagos, matas, mar, pedreiras, cachoeiras etc., locais em que também invocam as vibrações de seus Orixás.
O culto é feito exclusivamente aos Orixás, sendo Bará o primeiro a ser homenageado antes de qualquer outro pois este é o Orixá da comunicação e encontra-se seu assentamento em todos os terreiros.
Entre os Orixás não há hierarquia: um não é mais importante do que o outro. Eles simplesmente se completam, cada um com determinadas funções dentro do culto.
Os principais Orixás cultuados são: Bará, Ogum, Oiá-Iansã, Xangô, Ibeji (que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum), Odé, Otim, Oba, Osanha, Xapanã, Oxum, Iemanjá, Nanã (como qualidade velha de Yemanjá), Oxalá e Orunmilá (ligado ao culto de Oxalá).
Há também divindades que nem todas nações cultuam como: Legba, Gama (divindade ligada ao culto de Xapanã), Zína, Zambirá e Xanguín (qualidade rara de Bará).
Apesar de muitas destas divindades serem originariamente voduns (como Xapanã e Zambirá), sabe-se que os iorubás cultuavam tais voduns como Orixás.
Todo ser humano nasce sob a influência de um Orixá, e em sua vida receberá as vibrações e a proteção deste Orixá que está naturalmente vinculado e rege seu destino, com características individuais.
O Orixá exige a dedicação de seu filho, e este poderá ser um simples colaborador nos cultos, ou se tornar um Babalorixá ou Iyalorixá.
Os seguidores do Batuque se identificam com a nação nagô (iorubá).
Apesar de se assemelhar muito ao Candomblé Ketu, o Batuque possui seus próprios rituais para feitura e desligamento, jogos de búzios, cozinha ritualística, assentamentos, paramentação, ferramentas de cada divindade, orins, disposição dos orixás dentro do quarto de santo e divindades que são cultuadas dentro do templo e fora dele.



