Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Veja também:
Cores
Como quase tudo o mais, quando se trata das religiões afro-brasileiras, face sua pouca sistematização, também as cores atribuidas aos Orixás, Correntes de Trabalho e Entidades variam conforme o Culto, e neste, conforme a Casa.
No geral, contudo, são as seguintes as correspondências:
OXALÁ
O branco-leitoso, representando a pureza, a paz, o amor e o perdão que ele irradia.
Em alguns terreiros, usa-se o roxo, num sincretismo evidente com a liturgia católica e representando o sofrimento de Jesus Cristo.
IEMANJÁ
Branco transparente, simbolizando a transparência cristalina da cor das águas.
Em alguns terreiros é usada a cor verde-mar.
OXÓSSI
Verde claro e brilhante, representando as matas, que são seu elemento de domínio.
XANGÔ
Na Umbanda, o marrom, porque ele é um Orixá idoso e num sincretismo com o hábito marrom de São Francisco de Assis.
No Candomblé, o vermelho, às vezes o vermelho e branco, e ainda o violeta.
OGUM
Há várias cores representando esse Orixá.
Na Umbanda, verde ou vermelho e branco, simbolizando: o verde, os campos e as matas que ele percorre com seu cavalo; o vermelho, o sangue derramado nas batalhas, e branco, por referência à cor de Oxalá, de quem Ogum é o soldado, o guerreiro e o guardião.
No Candomblé, é usado o azul-marinho, que seria o resultado da combinação do azul-claro de sua armadura com o cinza de sua espada.
IANSÃ
A Umbanda lhe consagra o amarelo, lembrando o fogo e o raio por ela governados.
No Candomblé, sua cor é o vermelho, porque Iansã é o único Orixá feminino que é guerreiro e essa cor lembra o sangue derramado.
OXUM
Na Umbanda, o azul-claro, simbolizando a delicadeza e a bondade dessa Orixá das águas, e ainda por sincretismo com Nossa Senhora, cujo manto é azul-claro.
No Candomblé, o amarelo-ouro, por ser o Orixá dos rios, onde o ouro é encontrado.
OBÁ
Azul-escuro, verde-escuro, cor de vinho.
NHANHÃ
O lilás, lembrando a dor e a resignação, e também porque é a Orixá feminina mais idosa.
Também o azul e branco.
IBEIJI
Azul-claro e rosa, cores ligadas tradicionalmente às crianças.
OMULÚ
Preto ou vermelho e preto.
O preto porque ele é o dono dos cemitérios, e o vermelho devido à cor dedicada à Iansã, à qual está ligado por ser ela quem domina a parte
do cemitério que vai do portão de entrada ao cruzeiro.
OXUMARÉ
Verde e amarelo, porque ele representa a cobra e o arco-íris, e essas cores lembram o mar e o rio, respectivamente.
OSSAIM
Verde-claro ou verde e branco, lembrando as folhagens que ele representa.
ELEGBÁ ou EXÚ
Vermelho e preto.
O vermelho por se tratar de uma entidade muito atrasada no que se refere ao desenvolvimento espiritual, e, portanto, briguenta.
O preto porque, não sendo evoluído, vive nas trevas.
PRETOS-VELHOS
Sendo entidades exclusivas da Umbanda, apenas nesta têm cores.
O preto e o branco são-lhes dedicados, numa reminiscência dos tempos de escravidão, em que os escravos somente se vestiam com essas cores.
