Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


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Despachos
Despachar significa, num sentido genérico, mandar embora, libertar, afastar.
Num sentido mais místico, pode significar matar ou apressar a morte que poderia acontecer naturalmente.
Refere-se, ainda, ao ato de encaminhar um espírito para o astral, para fora do mundo dos vivos.
E, finalmente, significa o ato de livrar-se dos restos de qualquer trabalho, sacrifício, oferenda ou comida e bebida de santo, objetos que recebem e retém vibrações energéticas consideradas nocivas, embora não necessariamente maléficas.
Cada despacho deve ser feito de forma específica e em local pré- estabelecido, conforme sua origem e finalidade.
Há, contudo, um tipo específico de despacho que é conhecido como “Despacho a Exú”, que se constitue em ritual diverso, mas cuja similaridade de termos costuma gerar confusões.
O “Despacho a Exú”, também conhecido como “Padê a Exú”, diferentemente dos demais, visa homenagear e atrair a proteção e os préstimos dessa entidade.
Por uma deturpação cultural, grande número de pessoas que participa dos terreiros, entendendo, erroneamente, que os Exús são entidades que apenas se ocupam de trabalhos maléficos, confunde esse “Padê a Exú” com um trabalho negativo, desconhecendo que os Exús, entidades desprovidas de uma maior evolução espiritual, tanto podem trabalhar para o bem como para o mal, dependendo daqueles que os acessem.



