Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Diferenças entre Umbanda e Candomblé
Veja também:
Candomblé e Umbanda são religiões tão distintas entre si como o Catolicismo e o Protestantismo.
Candomblé e Umbanda guardam semelhanças muito pequenas.
O Candomblé é uma religião de origem africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente. Alguns estudiosos estimam que ela já exista a cerca de 10 mil anos A.C. O Candomblé é, portanto, milenar e, até onde sabemos, é a religião mais antiga de que se tem conhecimento.
Já a Umbanda é a única religião 100% brasileira. É também uma religião extremamente nova. Ao que consta, a Umbanda nasceu em 1917, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Neste caso, ela teria apenas pouco mais de 100 anos de existência e ainda estaria em desenvolvimento.
As poucas semelhanças entre Candomblé e Umbanda estão no uso de roupas brancas, no uso de atabaques (obrigatórios no Candomblé e cada vez menos utilizados na Umbanda) e no uso de colares de guias (mas com diferenças de cores e de fundamentos entre uma e outra).
O culto do Candomblé é realizado em língua africana, Iorubá ou Banto. A Umbanda utiliza a Língua Portuguesa.
O Candomblé cultua Orixás – deuses africanos (deuses, não espíritos!) cujas energias estão relacionadas diretamente às forças da natureza.
Nenhum espírito que tenha tido vida na Terra pode provocar a possessão nos fiéis do Candomblé.
O Candomblé não sofre influência de nenhuma outra religião ou crença.
A Umbanda, por sua vez, trabalha com a incorporação, por parte dos médiuns, de espíritos de pessoas que viveram nas camadas oprimidas da sociedade brasileira, como pretos- velhos, caboclos, malandros etc.
Ela é uma combinação de Catolicismo, Espiritismo (Kardecismo), Budismo, Islamismo e Candomblé. Do Kardecismo, a Umbanda herdou a prática da caridade.
Os fiéis ou visitantes podem se comunicar diretamente com a entidade incorporada nos cavalos (médiuns) durante as sessões. Pedem passes e conselhos.
No Candomblé, os Orixás “baixam” nos filhos-de-santo durante o transe e dançam entre os fiéis, distribuindo a todos o seu Axé (energia).
Não há, geralmente, comunicação verbal com o Orixá – que tem de ser feita através do jogo de búzios.
A prática da caridade não faz parte dos fundamentos do Candomblé.
O Candomblé é uma religião iniciática. Para o iniciado “receber” o seu Orixá é necessário passar por um longo e complexo período de reclusão e obedecer a rigorosos preceitos.
Na Umbanda não há este processo de iniciação e o batizado de um novo membro é relativamente simples, feito geralmente na mata ou na cachoeira.
O Candomblé pratica o sacrifício de animais em seus trabalhos espirituais. A Umbanda não o permite – há exceções em alguns casos, mas são cada vez mais raras.
