Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Veja também:
As Giras
Gira ou Jira (no idioma quimbundo “nijra”, que significa: caminho) na Umbanda, é a reunião, o agrupamento de vários espíritos de uma determinada categoria, que se manifestam através da incorporação nos médiuns.
A gira pode ser festiva, de trabalho ou de treinamento.
Normalmente, antes do início dos trabalhos, são feitas preces, defumação, saudações.
Após isso, saúdam-se as linhas e começa-se o trabalho. Após o trabalho, são cantados os pontos para subida, ou desencorporação das entidades nos corpos dos médiuns.
O tipo de ritual conduzido e os pontos cantados dependem da linha que cada Casa segue, por isso se vê rituais diferentes em casas diferentes.
O branco é sempre a cor mais usada, embora algumas casas admitam cores como o vermelho e o preto nos trabalhos de esquerda.
O termo também é usado para as sessões de desenvolvimento dos médiuns novos, quando as entidades preparadas para esse fim o fazem "girar", facilitando assim a incorporação de seus guias nas primeiras vezes.
Tipos de Gira
Existem giras para cada linha da umbanda, podendo ela ser uma gira aberta, onde se atende a população, conhecida como assistência, e as giras de estudo e desenvolvimentos conhecida como gira fechada, onde não é permitida a assistência.
As giras mais comuns em terreiros de umbanda são:
Preto Velho
São cultuados os pretos e pretas velhas, geralmente são os negros mais velhos
Quando vem os caboclos, podem vim diversos, tais como os baianos, boiadeiros, marinheiros, ciganos e etc.
Cigano
São as crianças, geralmente vem na data de São Cosme e Damião
Baiano
Boiadeiro
Malandro
Marinheiro
Esquerda
Nessa gira são cultuados as pombas giras, os exus e eventualmente exús mirins.
Gira de Cura
Como acontece a Gira
A Gira, sessão espírita da Umbanda, começa com o médium líder, que é chamado Babá, Pai de Santo, Mestre entre outras denominações, defumando e enfumaçando os seguidores e firmando o Congá.
Firmar o Congá é encher taças com água, para condensar energia, acender sete velas, uma para cada Orixá e fazer uma oração mental "edificante".
Depois, "firma a Tronqueira da casa" acendendo uma vela e servindo cachaça para o Exú chefe.
Outro sincretismo da "religião original", posto que no Candomblé, mais antigo, todos os rituais começam com oferenda a Exú, aquele que é intermediário entre homens e Orixás.
A seguir, mais fumaça nos consulentes.
Os médiuns, vestidos de branco posicionam-se, em relação ao Congá: mulheres à esquerda; homens à direita e os consulentes sentados.
O médium-chefe, então, pede a proteção dos Orixás e das entidades e faz uma palestra de abertura para sintonizar a platéia com vibrações positivas.
Começam os pontos cantados e os médiuns, incorporando as entidades escolhidas pela Casa, que na maioria elegem os Índios ou os Caboclos, para ministrar os passes.
Encerradas as consultas, começa outra Gira que deverá convocar os espíritos que se encarregarão das consultas e atendimento aos visitantes.
Conforme a orientação de cada Casa, na maioria delas, essas entidades podem ser os Pretos-Velhos, ou os Caboclos.
Concluídas as consultas, é realizada a seção das descargas: os consulentes que foram selecionados pelas entidades para tanto, voltam a entrar no espaço da Gira.
Médiuns são dispostos ao lado desses consulentes e permitem a incorporação dos espíritos que estejam acompanhando esses consulentes, para que possam ser doutrinados e, na maioria das vezes, afastados da pessoa.
Após isso, procede-se à Gira dos Exús que têm a função de cumprir as determinações deliberadas nas Giras anteriores, e se encarregam da limpeza espiritual do ambiente.
Finalmente, a Gira é encerrada com os médiuns entoando o canto correspondente ao fechamento da Gira.
A Gira de Desenvolvimento Mediúnico
A gira de desenvolvimento mediúnico visa desenvolver não só o contato com as outras esferas, mas antes desenvolver e aprimorar suas próprias capacidades internas, melhorando seu relacionamento com o seu semelhante e com o mundo que o cerca .
É no desenvolvimento que o médium aprende que a mediunidade não é brincadeira, é tão séria que chega interferir na vida do médium em seus aspectos mais profanos, o fato de alguém ser médium não quer dizer em absoluto q seja melhor do que os outros pelo contrário: existe deveres e obrigações a serem cumpridos perante a comunidade.
É necessário que se adaptem de forma disciplinada e responsável ao meio que se vive.
Nessas giras de desenvolvimento os médiuns iniciantes, com o auxilio de entidades incorporadas em médiuns já atuantes, aprendem a desenvolver sua mediunidade, permitindo a incorporação das entidades designadas para com eles trabalharem.
Essas giras são realizadas sem a presença de assistência ou consulentes.
