Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


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“Padê de Exú” é a denominação dada ao período de iniciação no Candomblé, e abrange os rituais desde a reclusão à camarinha até a raspagem da cabeça do iniciante.
Nesse período, que pode durar de um a três meses, o iniciante é mantido afastado do convívio social, recluso no “roncó” ( “camarinha” ), isolado inclusive dos demais membros da Casa, à exclusão do babalorixá e de um iniciado que atende às suas necessidades, e passa por períodos de semi-consciência, durante os quais “ouve” os ensinamentos de seu Orixá-de-Cabeça.
Durante esse tempo o babalorixá jogará os búzios por três vezes, e consultará outras formas de adivinhação, além de ouvir o Erê que irá se incorporar no iniciante, visando definir corretamente o Orixá-de-Cabeça do neófito.
Essas precauções, além de uma série de preparos e abstinências a que se submete o babalorixá se justifica, porque enganos na precisa identificação do Orixá-de-Cabeça pode conduzir, e habitualmente conduz, a gravíssimas consequências para o iniciante, entre as quais as mais frequentes são interferências na sua sexualidade e a loucura.
Padê de Exú

