Axé
Afoxé
São grupos folclóricos do carnaval da Bahia.
O nome também é extensivo à festa semi-religiosa em que esses grupos saem às ruas, no cumprimento de obrigações de certos Candomblés.
Nessas ocasiões os grupos de se utilizam de cantos e danças derivados de pontos tradicionais do Candomblé, fato que vem tornando a prática objeto de discussões e objeções.
Se por um lado é uma manifestação definitivamente incorporada ao Carnaval baiano, por outro é considerado como aberração e desrespeito às cerimônias religiosas dos Candomblés.
A crítica mais acentuada diz respeito à forma leiga e popularesca com que os pontos tradicionais do Candomblé, alguns até considerados secretos pelos tradicionalistas, são apresentados pelos grupos, além da utilização, de forma estilizada, dos rituais litúrgicos daquele culto.


Terecô
Terecô é a denominação de uma das religiões afro-brasileiras da cidades de Codó no Maranhão, Teresina no Piauí , Porto Alegre no Rio Grande do Sul ,e Bacabal no Maranhão.
Também é chamado de Encantaria de Maria Bárbara Soeira, Tambor da Mata ou simplesmente Mata.
Embora alguns de seus elementos identificados como jejes e nagôs, o Terecô possui sua identidade mais atrelada à cultura banto (Angola e Cambinda), tendo como língua ritual é o português.
Encontra-se integrado ao Tambor-de-Mina e à Umbanda, absorvendo os elementos da Encantaria ("encantados da linha da mata").
A origem do termo poderia ser banta, derivando a de “intelêkô” e teria o mesmo significado que Candomblé.
Já se acreditou que poderia ter se originado da imitação do som dos Tambores-da- Mata
No Estado do Maranhão é possível encontrar diversos terreiros de Terecô, localizados nas cidades: Açailândia, Codó, Pedreiras, Bela Vista do Maranhão, Bom Jardim, Bom Jesus das Selvas, São Luís Gonzaga do Maranhão, Coroatá, São Mateus, Santa Inês, Caxias, Conceição do Lago-Açu, Dom Pedro, Esperantinópolis, Lago da Pedra, Presidente Dutra, Trizidela do Vale, Lago Verde, Alto Alegre do Maranhão, Peritoró, Imperatriz, São Luís do Maranhão, Lima Campos, Bom Lugar, Brejo, Pindaré-Mirim, Pio XII, Bela Vista, Tufilândia e Timom.
O Terecô teria se originado de práticas religiosas de antigos escravizados que viviam nas fazendas de algodão de Codó e em suas redondezas, nas matas de coco (babaçu), na bacia do rio Itapecuru, ate o início da prática na zona urbana às margens da Lagoa do Pajeleiro, nas primeiras década do século XX.
Os sacerdotes desempenham funções de rezadores e curandeiros, tipificados de origem indígena, cultuam cablocos, e integram elementos de tradição religiosas africanas.
Muitos terecozeiros ficaram famosos por trabalhos de magia, inclusive tendo políticos como clientes, como pai-de-santo Bita do Barão.
Estima-se que Codó tenha cerca de 400 terreiros de Terecô e Umbanda.
Codó se constitui no município brasileiro quem possui a maior concentração de terreiros de religiões afro-brasileiras por metro quadrado de área; o que lhe rendeu a fama nacional de “Capital da Magia”.
Codó
O terreiro é o espaço (privado) aberto em frente ou ao lado da casa, destinado a realização de danças ao ar livre, em oposição a rua e salão.
Algumas das entidades são a Seu Légua Boji, Pedro Angassu, Rei Cacamador, Tói Averequête, Tói Jagorobossú, Nochê Sobô Babadi, Tói Zomadônu, Seu João da Mata, e Colimaneiro de Amaceda.
Embora no Terecô sejam cultuados voduns africanos jeje-nagô do Tambor de Mina da capital, os transes ocorrem principalmente com “voduns da Mata”.


